sábado, 28 de fevereiro de 2009

Incógnita!

Foto: Portal UOL

Gênio incompreendido?
Vítima da fama?
Sucesso de marketing?
Imagem do fracasso?
Ressurgimento em campo?
Estrela decadente?
A bola é confidente...
Somente ela vai revelar...
Aguardamos ansiosos!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Carnaval

Foto extraída do portal Terra

A serpentina ficou no passado, na rua, na avenida...
O presente é a labuta, o batente, a intensa rotina...
O abre-alas passou e mascarou a dor de muitos...
Na magia das cores, restou a verdade de poucos...
Mas na segunda-feira o País finge que volta ao normal...
Enquanto isso, em Brasília a folia parece eterna...


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O Velho Poeta

Insucesso... Displicência... Descrédito... O velho lápis na mesa, a nova saudade da ocasião... De inerte a situação toma um rumo ameaçador... Manuseia a folha... Mão trêmula e coração trepidante... A última frase, quase imantada, ainda recheia seus sonhos... Agora, sem ação, um fulgor lhe corre as veias... Como vitima da abstinência, se entrega por vagos momentos... Por hora vacila, quase refuga, tem medo de que as palavras o dominem para sempre... A memória o afaga e o destrói, simultaneamente... Recorda com paixão e ódio do último texto em chamas... No inicio era somente um recurso... Para não dilacerar a vida, o mundo, os sonhos... Era o segredo do sucesso, do insucesso, do acaso e do casual... Foi o último gole de sua coragem... Depois fez a pausa letal... Mudou de profissão... Praguejou com vigor contra a arte das letras... Nobre senhor... Resignou com vigor o fato de morrer como os poetas de outrora... Numa loucura visceral, numa entrega infinita... Realista demais... Escorraçou Machado, Amado e Barreto de seu “Olimpo” pessoal... Limpou Neruda, Saramago e Sartre de sua estante... Mas agora é diferente... Ou igual? O que fazer? Uma chama poderosa queima-lhe o peito... Não há como não sucumbir a sina sagrada imutável (praticamente um tripleonasmo)... Mas qual será o impacto da primeira palavra? Qual será o calor da frase recém-nascida? Decidiu encurtar o sofrimento... As duas da madrugada... Resolveu cravar, num rabisco humilde, num pensamento rico... A frase mais genial que alguém poderia criar... Inexplicável, intraduzível, intransponível... Letal... Para o bem... Para o mal...
Eis que surge: Eu te amo!
E não resta nada a dizer...