segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Uma boa rapidinha!

Sim, meu caro freguês. Matei quem estava me matando. Depois de muito tempo de curiosidade, finalmente acabo de ler O Doce Veneno do Escorpião – O diário de uma garota de programa, escrito pela ex-prostituta Raquel Pacheco, a famosa Bruna Surfistinha.

Numa rapidinha, no bom sentido, foram menos de duas horas de uma leitura bem objetiva, sem floreios. Gostei! Acho que o objetivo de mostrar a experiência de vida de uma garota de classe média, que saiu de casa para vender o sexo e tentar a independência, foi concluído com êxito, sem retoques, como deveria ser.

A obra não é burra, é real! Burros são alguns críticos, que posam de “cult”, cujos tive o desprazer de ler a resenha, como sempre faço. Cá para nós, é uma predisposição idiota comparar uma obra de não-ficção, que tem a crueza de um documentário, com literatura.

O livro vendeu mais de 250 mil exemplares. Um assombro. Principalmente para um País com o Brasil, com baixíssimo índice de leitura. Ainda assim, é uma insensatez colocar Machado de Assis no mesmo campo de Bruna Surfistinha.

E sabe de uma coisa freguês? Um dos maiores medos que tenho é perder a sensibilidade e me tornar um polemista barato, um ranzinza convicto, um crítico sem base. Uma metralhadora giratória sem alvo, sem causa, sem-vergonha, como essas por aí.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Boa noite e boa sorte!

Explosões monumentais, disparos ininterruptos e perseguições de tirar o fôlego no melhor estilo hollywoodiano. Aposto, meu caro freguês, que era isso que todos esperavam de um filme dirigido por George Clooney. Ledo engano! Boa noite e boa sorte é uma grata surpresa e destoa-se com louvor dos modelos comerciais aclamados pelo grande público.
A riqueza da produção não está no orçamento (esse reduzido), mas nos detalhes que desnudam a sensibilidade de um cinema alternativo e nem por isso menos belo e oportuno, desde o charme estético do preto e branco aos diálogos firmes e inteligentes.

A trama é baseada em fatos reais e ambientada nos Estados Unidos pós-guerra da década de 50, quando o repórter televisivo Edward R. Murrow resolve combater a perseguição, sem escrúpulos, do Senador Joseph McCarthy, aos “supostos comunistas incrustados no seio da nação americana”.

E melhor do que contemplar a beleza técnica da produção é repensar o valor conceitual dessa obra que transparece um dos mais antigos dilemas do jornalismo mundial: liberdade de imprensa.

Para defender a liberdade de expressão e os direitos individuais dos cidadãos, Edward R. Murrow, (brilhantemente interpretado pelo ator David Strathairn), foi pressionado por patrocinadores e pelo dono de sua própria emissora (CBS), que temiam a veemência das palavras e críticas polêmicas dirigidas ao senador.

Irredutível, o experiente jornalista não retrocedeu em nenhum momento e provou a força e honradez de uma imprensa combativa. A mensagem explicita é um soco no olho do jornalismo bunda-mole que se pratica na maioria das redações atualmente. É isso! Boa noite e boa sorte!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Sapatada moral!

A vontade de escrever é maior que a estafa mental que me acomete nesse resquício de 2008. Mas, enquanto os últimos neurônios suspirarem e a telefônica não cortar minha internet eu vou tocando o nosso glorioso Botequim.
E falando em tocar meu caro freguês, a cada dia eu fico mais impressionado com essas pesquisas divulgadas na internet. A última bomba é a seguinte: 46% das americanas preferem ficar sem sexo a estar off-line. Quer prova maior que este Botequim on-line também é instrumento de utilidade pública? Não dá para ficar sem ele, nem fudendo.
Mas cá entre nós, especulações precoces a parte, presenciar um iraquiano ruim de mira é no mínimo contraditório. Tudo bem que o jornalista porra-louca estava para lá de Bagdá, mas o fato é que o Bushinho estava frontal a meta e teve reflexos dignos de Rocky Balboa.

Falando sério, é claro que o sapato não traria graves ferimentos ao insano texano. O que poucos sabem é que mostrar a sola do sapato ao interlocutor é uma atitude ofensiva considerada grave entre os árabes. De qualquer forma, a cena abaixo é emblemática e redesenha todo o repúdio ao presidente mais contestado da história dos Estados Unidos.

Aposto que metade do mundo gostaria de gritar aos quatro ventos: "É o beijo de despedida, cachorro”.

Como diz Marcelo Tas, olha isso:

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Eterno Fenômeno!

Caro Freguês... Parece que foi ontem... No berço do subúrbio carioca nasceu um fenômeno de nome Ronaldo. Talento assombroso, o garoto foi dos campinhos de Bento Ribeiro para o Cruzeiro de Minas Gerais. Arrancadas mortais, dribles humilhantes, controle infalível de bola. Gol a gol, uma estrela se desenhava no olimpo dos Deuses eternos do futebol. Jogo a jogo um menino careca de dentes separados arrastava multidões para o Mineirão nas tardes de domingo.

O Brasil ganhou um novo rei da bola, um xodó, um craque para chamar de seu. Mas os tempos são outros e o capital europeu o levou de nossos gramados por 14 anos. Com a triste partida, faleceram todas as esperanças de reviver os tempos românticos desse esporte bretão. Mas aqui, nessa terra tupiniquim, jamais o esquecemos, pelo contrário, acompanhamos cada passo numa prova de amor incondicional. Tão incondicional que beira o ódio.

Numa simbiose maluca, uma mescla de sentimentos, colocamos sobre as suas costas o peso da derrota de 98. Pusemos sob judice o seu reconhecimento mundial. Falamos mal de seus carrões, de suas mulheres e de seus cortes estranhos de cabelo. Agimos como pais autoritários e repressores. Tomamos a sua vida para nós. Fizemos piada com a sua aparência, com seu estilo de vida, com a sua barriga de chope e com os seus mais conhecidos escândalos.

Nesses momentos, esquecemos que esse menino chamado Ronaldo (como tantos outros por aqui), é um orgulho para o Brasil, um exemplo para o mundo. Mas a nossa ignorância de torcedor insiste em ofuscar a glória do maior artilheiro da história das Copas. Com isso, por vez e outra, apagamos de nossa memória a imagem de um homem, que com o joelho a meia bomba, trouxe de volta a taça que o culpamos de perder quatro anos antes.

Mas, como um dia disse Shakespeare: Na batalha do ódio com o amor a vítima é cúmplice do criminoso. Quer saber a verdade? No fundo sempre o amamos. No fundo ele também se sente amado. Escolheu o Brasil para mostrar os últimos lampejos de sua genialidade e os últimos suspiros de sua carreira como astro de futebol. Eu vou torcer como sempre! Amando ou odiando, sem meio termo... Como os verdadeiros notáveis merecem!

Força Fenômeno!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Filhos desnaturados da mãe natureza!

Caro Freguês... Existem situações, que nem bebendo consegue se esquecer. Principalmente, quando se vive um caos como esse, que assola Santa Catarina e entristece o Brasil.

Não quero aqui praguejar contra a espécie humana e a sua estupidez sem limites. Muito menos desejo fazer a linha politicamente correta dos polemistas baratos habituais. Mas, de fato, a mãe natureza já tem se rebelado contra o aquecimento global e as mudanças climáticas causadas por chipanzés mal-criados como eu e você. Já parou para pensar? Nos últimos anos, países como Japão, China, Estados Unidos e Índia sofreram mais que sovaco de aleijado nas mãos de tufões, terremotos e furacões.

Agora, o mais incrível é saber que um pedaço do Brasil, que conta com cenários deslumbrantes e praias paradisíacas, nesse momento está submerso em meio à fúria de uma chuva revoltada e ininterrupta. Pior é que muitos filhos desnaturados, dessa mãe natureza, ainda desprezam as questões relacionadas ao bem-estar do meio ambiente. Outros filhos só conseguem enxergar as ações de preservação da natureza como estratégia de marketing para alavancar os negócios.

Como dizia o Raulzito: Parem o mundo que eu quero descer!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Dia sem consciência!

Aqui, Brasil! País multifacetado! São várias versões e uma só verdade. Pois é freguês, há algum tempo vendemos para o mundo a terra dos sonhos: da mistura racial, diversidade cultural e claro, um paraíso na terra, abençoado por Deus e bonito por natureza. Sim! Temos isso! Mas não é só isso! Qualquer idiota sabe. Existe sim... Um Brasil que se esconde. Que não mostra a cara. Uma terra onde a hipocrisia é a alma do negócio.

Aqui, Brasil! Terra do preconceito velado! Rico não suporta pobre e pobre não tolera rico. Negro acusa o branco e branco desconfia de Negro. Homem bonito é viado e mulher bonita é puta! Nordestino é isso, gaúcho é aquilo. Daí surge a indagação. De que vale o feriado sem a consciência? Aliás, o 20 de novembro poderia se chamar: dia da consciência nula... Ou simplesmente: dia sem consciência. Lembrei de Martin Luther King. “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”.

Aqui, Brasil! A consciência do brasileiro mergulhada num mar de preconceitos. Mas... O Botequim do Rogenski abomina qualquer tipo de segregação e discriminação. Qualquer mesmo! E só para lembrar... Consciência não tem cor... Caráter e hombridade também não!

Abaixo, dois clipes sensacionais de Rap, o ritmo essencialmente africano, que nasceu no berço dos guetos jamaicanos e caiu no colo das periferias brasileiras. O primeiro é de Gabriel O Pensador, que dispara consciente, contra o preconceito mesquinho da sociedade brasileira: “Racismo é burrice”. O segundo é do MV Bill, o rapper mais engajado e articulado do País: “O preto em movimento”.

Racismo é burrice – Gabriel O Pensador


O Preto em movimento – MV Bill

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Um toque de craque!

Dizem que bom freguês ao bar sempre entorna... (HIC = soluço)... Digo torna. Primeiramente, agradeço pelo carinho com este escriba jornalesco (péssimo neologismo), beberrão e preguiçoso, (HIC) que não passou mais aqui para servir novas idéias. Mas explico-me! Vai me dizer que nunca viu de perto um fechamento de redação? Não? Sorte sua, meu caro!

Mas quem falou que vida de jornalista é fácil? Como diz meu amigo Paulo: o que esperar de uma profissão onde a missão é dar o furo? Pois é rapaz, e falando em furo, olha só essa manchete publicada no UOL, depois da reportagem de um estudo na Alemanha: “Homens com muita barriga têm mais câncer de próstata”. Fudeu! Como diria Arnaldo Jabor “Estou enojado dos dias de hoje, nesta torpe função de comentarista, em que as notícias batem-me na cara como pedras”. Minha dieta começa amanhã mesmo!
http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/efe/2008/11/18/ult4429u1902.jhtm

Falando em pedras e outras coisas ilícitas, o técnico portenho Diego Armando Maradona está na Escócia (terra do uísque?), onde vai fazer o seu primeiro amistoso com a seleção argentina. O interessante é que nem bem o cara pisou no país e a galera já está tomando medidas preventivas contra o craque (trocadilho maldoso). Não acredita? Acesse o portal da Globo, a manchete é a seguinte “Clientes de bares farão teste de drogas na Escócia”.
Agora eu acho que o único botequim que o treinador vai poder freqüentar é o Botequim do Rogenski. Pelo menos a embriaguez é somente virtual. Agora, carreiras a parte (no bom sentido, claro), apreciem, com moderação, o que foi Maradona como jogador:

sábado, 8 de novembro de 2008

Se o Barack é bom o chope é Obama!

Dizem por aí que o Lula anda confundindo o Barack Obama com “Barraca da Brahma” e chapando o caneco. Mas é assim mesmo, as coisas são muito diferentes entre Brasil e Estados Unidos. Por lá, eles chamaram o OBAMA para mudar a forma de governar o país. Já por aqui, com tanto animal no poder, só o IBAMA pode resolver. Como diz um amigo: “se o Barack é bom o chope é Obama”.

E o Berlusconi, primeiro ministro da Itália, definindo Obama: “jovem, bonito e bronzeado”. O que ele quis dizer com isso? Para mim soou meio gay, meio racista, sei lá! Só Frota explica! Pois é, Obama é notícia em todos os lugares. O pior é que o cara nem entrou na Casa Branca e já tem um mundaréu de pedidos vindos do mundo inteiro (Perdoe a redundância). O nosso excelentíssimo (força de expressão) Presidente da ré-pública, Lula, já está na fila e foi logo avisando. "Quem tem mais responsabilidade para resolver essa crise é o presidente eleito dos EUA".

Eu estava cá pensando, debruçado ao balcão do Botequim, e resolvi identificar os pedidos e mensagens mais interessantes, endereçados ao homem mais poderoso do mundo. O cara anda mais requisitado que Papai Noel nesse fim de ano:

“Obama, vamos tratar as criancinhas com carinho, Ok?” – Michael Jackson

“Obama, me arruma um emprego no governo? Eu prometo não passar por cima de ninguém.” – Rubinho Barrichello

“Obama, desejo que tenhamos uma excelente carreira” – Maradona

“Obama, cuidado com a boca grande das estagiarias” – Bill Clinton

“Obama, fica frio, não vejo problemas na crise global” – Andréa Bocelli

“Obama, você merece! Somos todos iguais. Todos viemos do pó e para lá voltaremos” – Amy Winehouse

“Obama, não sou gay sabe? Mas amei a sua iniciativa de falar abertamente a respeito do direito dos homossexuais. Um beij... Digo, uma abraço” – Gilberto Kassab

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Líquido sagrado!

Caro freguês...
Diga-me a verdade, nada mais que a verdade! Existe alguma sensação que se compare ao levantamento de um bom copo de cerveja após um dia repleto de pressões cotidianas?

Ah... Como é esplendorosa a dança leve do amargor com o aroma em nosso paladar. E a espuma que se esfacela na língua como onda furiosa que se projeta contra rochedos viris? Como é bom, num gole cheio de força e atitude, sentir o equilíbrio entre o lúpulo e a cevada desbravar a garganta com furor.

Sem floreios verborrágicos! É exatamente assim que melhor metaforizo a sensação de degustar essa preciosa bebida milenar. Líquido encorpado, com ou sem espuma, que colore a noite do boêmio, desnuda almas madrugada adentro, desvenda segredos inconfessáveis e que liberta feras reprimidas, nos quatro cantos do mundo.

Garçom!
Um copo de inspiração aos poetas e abençoai a força dos abstêmios. Ah, ia me esquecendo... Se você é boêmio de carteirinha, já está mais do que na hora de aprender um pouco mais a respeito dos principais tipos de cerveja existentes no mundo:

Ales Belgas Trappist:
É uma Ale Belga que começou a ser produzida por monges trapistas em abadias belgas e holandesas. É forte e frutada. Se comparada aos vinhos, seria como um bom Porto. Bebe-se na temperatura ambiente.

Ale Bitter:
De cor de cobre, é encorpada, tem sabor de malte e de lúpulo bem balanceado.

Altbier:
É uma ale tradicional da região de Dusseldorf, tem corpo bem balanceado, sabor limpo e delicado. Servida abaixo de 10 graus.

Brown Ale Scotch Ale:
De cor pronunciada, encorpada e com sabor de malte. Muito semelhante à Bitter Inglesa.

Bock:
Escura e forte, de baixa fermentação.

Doppelbock:
Muito adocicada e suave, de alto teor alcoólico.

Dortmunder:
Uma variação da Pilsen produzida na Alemanha. Tem uma sensação de amargor acentuado e mais picante na língua do que as Pilsens em geral.

Gueze, Lambic, Framboise:
Seu processo de fermentação é diferenciado. O mosto é exposto à contaminação atmosférica, contrário à tecnologia conhecida para se fabricar cerveja. Na Bélgica serve-se como aperitivo de boas vindas.

Kolsh:
Cerveja tradicional da cidade de Colonia. Difere da Altbier pelo seu paladar suave e refrescante. É servida a 5°C.

Lager Americana:
A cerveja americana era uma versão Pilsner, muito leve, quase sem lúpulo e praticamente sem sabor. Denominou-se Standard Lager Americana.

Lager Brasileira:
Muito semelhante à Lager Americana. Com mais lúpulo e fazendo bastante uso de milho e arroz, muito próxima das cervejas escandinavas.

Lager Pilsen ou Pilsner:
Originária da cidade de Pilsen na Boêmia, na República Tcheca. Muitas cervejas aproximam-se da Pilsner, porém muito menos encorpadas e atenuadas em sabor se comparadas às originais, devido à utilização de milho e arroz. Na Boêmia e na Alemanha, continua-se a produção de Pilsen com puro malte sem o uso dos adjuntos.

Munchener:
Na Bavária produzia-se uma cerveja de baixa fermentação porém de coloração escura e com um leve paladar picante de malte e café. Este tipo foi chamado de Dark-lager. Hoje produz-se em Munique várias lagers claras mantendo o sabor acentuado de malte das suas origens.

Helle:
Derivada da Munchener de cor clara. É parecida com a Pilsner porém com um sabor mais acentuado de malte.

Pale Ale:
É uma Bitter engarrafada, com um nível mais elevado de arbonação.

Porter:
Originária da Londres dos séculos 18 e 19. Feita com cevada torrada não maltada e grandes quantidades de lúpulo. É uma cerveja preta extremamente amarga e com bastante espuma. Servida a 13 graus, normalmente consumida com frutos do mar.

Stout:
Similares às Porters. As Stouts inglesas são geralmente adocicadas, já as Stouts irlandesas são secas, amargas, intensas e com um sabor de café queimado. São melhores na temperatura ambiente.

Vienna, Marzen, Oktoberfest:
De cor avermelhada proveniente de Viena que inspirou os alemães a produzir a Marzen. Na Alemanha é produzida para consumo nos tradicionais BierGarten, que no mês de outubro, ganha o nome de Oktoberfest.

Weizenbier:
Cerveja branca ou feita com trigo. Ácida, muitas vezes opaca e não filtrada. É uma cerveja típica de verão.

Wheat Berliner Weisse:
Produz uma espuma densa e efêmera, desaparecendo tão logo é servida. Possui baixo teor alcoólico, é altamente refrescante e de paladar ácido.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ele é o cara!

Meu caro freguês...
Enquanto dedilhava, impiedoso e voraz, as teclas escandalosas do meu velho teclado resolvi escutar o desfecho das eleições presidenciais nos Estados Unidos. Eis que durante um dos intermináveis plantões do “plim-plim” recebo a notícia já esperada: “Barack Obama vence as eleições presidenciais dos Estados Unidos e se torna o primeiro presidente negro eleito no país!”.

Pois é, a esmagadora maioria dos americanos finalmente escolheu o seu representante diante dos olhos atenciosos do mundo inteiro. Mais festejado que estrela de rock e considerado símbolo de mudança para o país, Obama alcançou uma popularidade incontestável. Usando como arma o seu poderoso carisma e a sua retórica envolvente o democrata atropelou o republicano Jonh MCain nas urnas.

Vale registrar que a imprensa brasileira estava torcendo para Obama. Não sei precisar se pelo carisma ou pelas expectativas de que o novo presidente passe a tomar medidas que favoreçam o desenvolvimento do Brasil. Mas sinceramente? Com toda essa crise global, acredito que a Casa Branca somente terá olhos para cuidar da recessão que assombra a economia norte-americana. Com isso, dificilmente os temas que interessam ao Brasil terão espaço na pauta do governo.

Observação 1 – Legal ver Hamilton campeão e Obama eleito, dois negros fazendo história no mês de novembro, período que conta com o dia da consciência negra aqui no Brasil.

Observação 2 – Ridículo o processo eleitoral norte-americano. Filas intermináveis, confusão e demora na apuração. Será que os yankes precisam de know-how nessa área? Será que não invejam o nosso sistema dinâmico e informatizado através de urnas eletrônicas?

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Campeão sim!

Fala freguês... Assistiu a corrida no domingo? Não? Então você perdeu uma das decisões de campeonato mais emocionantes de todos os tempos. É, foi uma prova para cardíaco. O poder do improvável e o arrojo do alemão Sebastian Vettel jogaram o talentoso Hamilton para sexto lugar nas curvas sinuosas do aslfato molhado de Interlagos. Enquanto isso, um País inteiro, pintado em vermelho Ferrari, viu Felipe Massa cruzar a linha de chegada como autêntico campeão mundial.

Mas a estrela da sorte brilhou para Hamilton. Foi quando o também alemão (mais um no caminho dos brasileiros) Timo Glock, a 500 metros da linha de chegada, não conseguiu mais despejar potência em sua Toyota de pneus para tempo seco e foi ultrapassado pelo inglês, que cruzou a linha de chegada no limite, no quinto lugar, mas campeão de verdade.

O final foi dramático, trágico para Massa, triste para o Brasil...
OK, o País perdeu a chance de comemorar um título mundial, mas voltou a se apaixonar por esse esporte que tanto nos rendeu alegrias e heróis como Fittipaldi, Piquet e Senna. No autódromo entupido ou diante dos televisores, milhares de brasileiros voltaram a vibrar, mesmo que por poucos segundos, ao som do tema da vitória.

Naqueles 38 segundos, com os olhos marejados e um nó no peito, pegamos carona na Ferrari de Massa. E ele correspondeu à altura. Suportou a pressão de carregar as costas um País que teve Senna, Deus da velocidade que reinou no olimpo desse universo chamado Fórmula Um.

Naqueles segundos vitais que separam ídolos de mero mortais, Felipe Massa foi o nosso Senna, um pouco mais tímido e baixinho, mas igualmente competente. Agora podemos estufar o peito e dizer: temos um legítimo representante, um grande piloto, um cara cheio de gana e talento. Um cara que nos fez sorrir no dia 02 novembro, dia de finados, dia em que poderíamos ter chorado a morte de Senna, mas comemoramos a vitória de Massa.

sábado, 1 de novembro de 2008

O fantasma roubou a festa no Pacaembu!

É meu caro freguês...
Hoje fui ao Pacaembu, como torcedor, ver o Corinthians, algo que há muito não fazia. Mas, na atmosfera do estádio, notei algo diferente, que despertou percepções e opiniões de minha parte. Mesmo com 30 mil lugares ocupados, a fiel torcida não fez a festa que criei nas minhas expectativas. Pelo contrário, o clima no ar era, na verdade, uma mescla de alívio, trauma e cautela.

No velho Paulo Machado de Carvalho ainda pairava o fantasma da vergonha do descenso, do desespero das derrotas e do complexo de inferioridade, sentimentos de quem passou o ano inteiro na lama da série B. O jogo foi meia boca, um 2x1 desinteressado para o Corinthians, que já subiu para a primeira divisão. Mas não é disso que quero falar.

Volto a repetir; hoje, pela primeira vez, senti a torcida alvinegra oscilante. Imaginei alguém que recém saiu das trevas, mas ainda não aprendeu a enxergar a luz solar. Na boa? Eu senti. Hoje o fantasma do rebaixamento deu o ar da graça no Pacaembu. Espero que seja um adeus e ele não volte a assolar os ares do Parque São Jorge.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Apologia ao botequim!

Sim! Sou amante de um bom bar, botequim, bodega, boteco, enfim. O nome varia, o sentido é o mesmo. Encontros, desencontros e reencontros. Discussões, happy-hours e reuniões. Que atire o primeiro copo aquele que acha que botequim é lugar apenas para encher a cara. Ora meu rapaz, largue a mão de ser simplista e vira logo esse chope! Cadê a sensibilidade?

Nunca ouviu dizer que pela história dos bares de uma cidade é possível contar a história de sua população? Quem não gostaria de freqüentar um recinto como o Antônio’s Bar, no Leblon, Rio de Janeiro, entre 60 e 70 e dividir espaço com caras como Vinícius de Moraes, Antonio Carlos Jobim, Chico Buarque, Otto Lara Rezende, Di Cavalcanti e Rubem Braga?

Então faça o seguinte: entre, fique a vontade, puxe uma cadeira e vamos papear meu camarada! Música, futebol, política, mulher, tudo. Nesse botequim virtual, o que vale é extravasar. Aqui o freguês manda! Eu jogo o tema na mesa, o resto é com vocês. Discussões acaloradas, lembranças românticas, desabafos e muito bom humor.

Ah! E enquanto a cerveja vai gelando e os petiscos não ficam prontos, o balcão do Botequim Rogenski vai trazer muito serviço ao freguês. Destaque especial para a avaliação de cervejas e bares com dicas e recomendações! Não percam!

Obrigado pela preferência! Volte sempre!